O
segundo dia de atividade começou com umas atividades para despertar,
com danças típicas regionais e algumas dinâmicas. No dia anterior
percebemos a dificuldade de participação dos adolescentes por conta da
velha guarda dos movimentos de juventude negra, que fizeram muitas
falas, levando em consideração que era um encontro de adolescentes.
Então os organizadores do evento decidiram que nos dividiríamos em 3
grupos, um só com meninas para falar de feminismo e de como o machismo e
o patriarcado dificulta a vida das mulheres, em particular a mulheres
negras. O segundo grupo só de meninos, ficou responsável de falar sobre o
machismo, sobre esse lugar de privilegio e de como é possível
desconstruir isso. O terceiro grupo foi composto pela galera mais velha
do movimento que ficou responsável de decidir como seria a participação
deles ate o final do evento. Assim que todos os grupos terminaram
fizemos uma grande roda de conversa, e cada grupo trouxe o que foi
discutido. Isso tudo acontece no período da manhã.
A tarde foi o
momento de fazer oficinas(estêncil, cabelo afro, sarau). Os adolescentes
se dividiram entre esses três grupos e o final da tarde se deu pra
isso.
E ao final do dia, lá pras oito, dez horas da noite, fomos pra
Ceilândia conhecer um movimento sensacional, o Mercado Sul Livre,
ficamos todos admirados com o local e tudo mais. E por falar nisso,
gostaria de parabenizar a galera do movimento pela ocupação e pela
coragem admirável.
Depois viemos embora, alguns foram dormir, e os demais confraternizaram por entre os corredores.
Esta
é a narrativa de Walisson de Souza sobre o segundo dia do encontro. Amanhã,
as palavras de Zeca Oreba (ou devemos dizer Calcifer?) narrarão o segundo dia, aguardem...
