segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Roda de Diálogo em Comemoração aos 25 Anos do ECA

Essa semana participei de uma Roda de Diálogo em comemoração aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que aconteceu em Brasília na terça-feira, dia 1º de setembro. Fui convidado para participar da mesa junto com especialistas da área da infância e adolescência. O debate foi promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). As discussões contribuíram para uma análise dos 25 anos do ECA, destacando os principais avanços e desafios dessa legislação na proteção integral da infância e adolescência no Brasil.
O encontro foi uma parceria com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e ANDI - Comunicação e Direitos.

Do meu olho

Em direção ao plano, meu pai e eu já conversávamos um pouco sobre o evento, minha fala, a mesa, etc. junto a nós, estava também minha mãe, mas esta não foi conosco, apenas pegou carona para o trabalho, logo saiu do carro. Após deixarmos ela, tínhamos que ir para o Ministério (da Integração Nacional).
Chegando lá, fizemos nossa inscrição e entramos. Os organizadores ainda estavam a arrumar as coisas, a mesa... E as Pessoas que já tinham chegado, estavam comendo e conversando paralelamente. Enquanto isso, meu pai e eu comíamos e conversávamos sobre como se daria a minha fala e um monte de coisas. E ficamos nessa até uma mulher da organização me convidar para ir pra sala Vip antes de irmos pra mesa, a qual estaria os convidados. Meu pai disse que seria melhor eu ir, pra desde já, me ambientar com aquele espaço, e lá fui eu. Cheguei lá, não tinha ainda ninguém. A primeira a chegar, foi a substituta da Salete Valesan (que não conseguiu ir), nos falamos e logo sentei no sofá (que te afundava nele). Esperamos um pouco, e logo chegou Gary Stahl (representante da UNICEF no Brasil) e uma acompanhante, provavelmente secretária, não sei. Eles ficaram conversando em inglês durante muito tempo, e os demais da sala calados. Logo depois chegou uma adolescente de 17 anos, que veio de Salvador a convite da própria UNICEF, seu nome era Aíla, conversei um pouco com ela, e descobri que ela só iria pra mesa da tarde. Depois de Aíla, chegaram Nicodemos (Vice-Presidente do Conanda) e junto a ele Rodrigo Torres (Secretário Nacional da Criança e do Adolescente Substituto da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), falaram comigo, e com os demais ali na sala. Após certo tempo, já atrasado, chegou o mais aguardado por todos no Ministério, Pepe Vargas. Primeiro, falou com Gary, e vi em seus olhares de importância, o reconhecimento que cada um dava ao outro, se cumprimentavam com carinho, como que admirando um ao outro, depois falou comigo, com Nicodemos, Rodrigo, representante da Salete e por fim com Aíla. E logo após Pepe chegar, já fomos nos direcionando ao “palco”/mesa. 
Chamaram nome por nome, e lá fui eu sentar-me na cadeira posta pra mim, e sentei. E assim que nos sentamos, começou a roda de diálogo.
O primeiro a falar foi o Secretário Rodrigo Torres, falou alguns dados e pesquisas e fez sua fala um pouco em cima disso. Depois dele, foi minha vez, e falei. Falei sobre a escola (como sempre), fiz um paralelo entre a escola e o ECA, e como a escola não trata deste. Depois (se não me engano), a vez foi da substituta da Salete Valessam, falou, dentre outras coisas, sobre alguns índices, e dentre esses, que o da mortalidade infantil, aumentou novamente, mas que muito está melhorando, como acesso a educação... Depois falou Gary, este foi o único que levou um discurso escrito, e uma das melhores falas. Depois Nicodemos que falou como Conanda e sobre este. E por último o esperado Pepe Vargas, foi o que mais falou, e por incrível que pareça, direcionou parte considerável de sua fala a mim, e eu, meio que impressionado, sem saber ao certo o que fazer, falava “obrigado” ou “exatamente”.
Depois que todos falaram, a mesa se encerrou, o mediador deu as palavras finais, e nos levantamos. Cumprimentamo-nos todos, e Pepe me chamou pra conversar. Perguntou um pouco sobre o movimento supernova, os eventos, a escola... E falou para chama-lo para algum sarau ou evento nosso que não fosse ao final de semana, visto que aos finais de semana ele visita sua família. E me deu seu cartão para depois falar com ele.
Quando terminamos de conversar, anunciaram o “brunch” (uma espécie de almoço). Fui ao meu pai, e antes de falar com ele, me chamaram pra gravar uma entrevista, foi tudo muito rápido, não conseguia ao certo raciocinar direito. Voltei para a sala vip, aonde seria feita a entrevista, mas lá, descobri que eu era o entrevistador e não o entrevistado. E lá fui eu pela primeira vez para uma entrevista como entrevistador. Fui entrevistar a Bel (uma das primeiras pessoas que conheci no Conanda), mas a bateria da câmera estava no fim, e depois de duas perguntas a bateria acabou. Bel saiu da sala e foi embora, mas eu tive que permanecer, pois outras pessoas queriam que eu gravasse a poesia que tinha recitado pouco antes. E após tudo isso, pude ir comer e falar com meu pai. A comida por sinal era ótima.
Era lá pras duas horas, e pretendíamos ir embora. Comi rapidamente, e depois fui a uma das organizadoras, avisar a minha ida, pegar contato, e conseguir um ECA (pois meu pai tinha ganhado um, e eu também queria), ela me deu quatro “ECAS”. E feliz nos direcionamos à saída. Mas quando estávamos indo embora, de repente me chamam pra outra entrevista, agora como entrevistado, mas foi bem rápido, e logo pude sair. 
Saindo do Ministério, exatamente quando atravessava o portão e os guardas, uma mulher me para, disse-me que ao escutar a poesia (que pouco antes recitara). Falou que tinha 71 anos, e que 71 anos se passaram, e a escola não mudou, e neste momento me arrepiei, pasmo. Disse também que era reencarnacionista, e que pediu a Deus para que na próxima encarnação, que ele trouxesse ela de volta a sua terra, Guiné (se não me engano). Mas que só de pensar que teria que refazer o colegial, quase que desiste do pedido. Disse pra que eu nunca esqueça a África, pois o Brasil e a África eram quase que um só. Disse que eu seria presidente, e que no auge da presidência, eu veria ou lembraria (não lembro ao certo, foi estranhamente rápido) uma menininha muito esperta, chamada “Pangeia”, e que ela a me ver, me reconheceria. Nesse momento, quase que desmaio, não conseguiria explicar... Agradeci, me despedi e fomos embora, após atravessar a rua, meu pai disse para voltar e dar um cartão da Supernova pra ela, olhamos para trás e não a vimos mais. E assim, nesse louco espaço de tempo, fomos embora, meu pai misterioso, e eu boquiaberto.

Zeca Oreba/Calcifer

Um comentário:

  1. Zeca,
    Meu nome é Fernanda, tenho 41, sou publicitária, tenho mestrado em Comércio Exterior, morei 10 anos na Espanha, Estudo Direito agora na FSBA e estou começando a fazer meu TCC. Tenho um sobrinho de 14 anos e vivi com ele a dificuldade da educação que está sendo dada a sua geração. Por isso decidi fazer meu TCC voltado a este tema, para tentar levantar esta questão e ver de que maneira o direito poderia ser coercitivo para obrigar as escolas a incluírem, na medida certa, tecnologias interativas e atividades lúdicas, apropriadas ao contexto atual. Gostaria muito de trocar ideias com vc. Vc tem um e-mail, face, whatsapp ou algo assim? Meu Face é Liborio Fernanda, sou de Salvador-Bahia.. Foi minha orientadora que soube de sua palestra. O nome dela é Marta Gamma.

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