Andar de skate é uma
forma de expressão, é estilo de vida, é ter equilíbrio, reflexo, força,
técnica, é sonhar e concretizar. Brasília é uma cidade planejada com
arquitetura moderna e muitos lugares para a prática do esporte. Desde a década
de 70, skatistas já andavam pelas ruas largas da cidade. Hoje, Brasília é
referência mundial em arquitetura e no skate em termos de atletas e lugares
naturais para a prática. Em São
Sebastião temos também uma boa pista para a prática do esporte.
Na minha escola, o CEF
São José, há algum tempo estudantes que também são skatistas vem trazendo seus
skates para a escola, para que possam eles (em momentos propícios) se divertir
com seu esporte. Se divertir de forma geral, já que ficam ali por 5 horas
monótonas e tediosas. Trazem o skate para ‘bater um game’ com seus companheiros
skatistas, conversar, zoar...
Estes skatistas não se adequam a outros esportes e, de certa forma, o
skate representa um pouco a forma como eles são.
Por mais ou menos dois anos, viemos (nós skatistas) trazendo o skate
para a escola já que, de certa forma, não incomodamos ninguém. Durante este
tempo tivemos certa liberdade (considerando que estamos na escola, a meu ver uma
instituição totalmente opressora) e até então podíamos andar de skate, no
intervalo ou na educação física.
Sobre a aula de Educação Física
Segundo o Conselho Federal de Educação Física “Entende-se a Educação
Física Escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura
corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e
transformá-la, capacitando-o para usufruir os jogos, os esportes, as danças, as
lutas e as ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da
melhoria da qualidade de vida”.
Vamos falar então, um pouco, sobre a educação física do São José. Os
professores mandam os alunos descerem para a quadra o bimestre inteiro, até que
no dia anterior á prova, nos mandam para um auditório para termos uma aula
insuportável, com muito conteúdo de uma vez só e depois temos de ir na internet
e conseguir o resto do conteúdo. Sem falar no fato de que a educação física não
é organizada de forma alguma e os alunos são jogados na quadra com umas bolas,
sem um objetivo ou uma metodologia.
Isto para mim é uma coisa bastante agradável, considerando que é o único
momento oportuno para que eu possa ser livre e pensar em alguns textos para a
Gazeta do Oprimido, mas considerando a afirmação do Conselho Federal de
Educação Física não me parece adequado, visto que os alunos não estão recebendo
educação física de forma alguma.
A pergunta que não quer calar!
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